sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

#12 - Correspondentia aeterna

Sempre fui uma pessoa que dá valor ao amor escrito. E saber como o escrever não é tarefa fácil. Muitas cartas escrevi para muitas raparigas mas nenhuma delas me respondeu positivamente. Este desdém por serem possuidoras de (co)respondência, afectou-me de forma tal que entrei num período de fraca admiração pelo amor. No entanto, eu sabia que com a Francisca as coisas estavam prestes a mudar. Só não sabia que iam também ter uma mudança significativa nesta área. Foi no dia 17 de Setembro de 2010, exactamente a celebrar uma semana de namoro, que recebi a bonita carta que a minha princesa me escrevera. As suas palavras eram doces e o seu perfume de um odor inconcebível. Na certeza porém de que eu sentia algo mais que apenas palavras. Sentia que as nossas mãos se tocavam novamente, ligadas por fios de correspondência vermelhos. Vermelhos do amor. É um facto que senti a breve necessidade de lhe responder. A partir desse dia trocamos cartas todas as semanas. Usamos um símbolo distinto que pretende cruzar os dois "F´s" que principiam os nossos dois nomes "Francisca" e "Filipe". Pretendo escrever estas cartas para todo o sempre e sei que a minha aeterna angelus irá me continuar a corresponder. Não obstante, é de realçar que a troca de declarações de amor passou a ser algo não tão bem visto na sociedade retrógada e mundana actual. No outro dia alguém me perguntava: "Mas vives afinal em que geração?", ao que eu respondi, "Não vivo. Sobrevivo numa geração que não sabe amar".

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