Imagina-nos parte de um desenho, minha deusa. De um desenho pintado sob o papel da vida com a tinta do amor. Uma vida que se vai amarfanhando à medida que a saudade aperta. Uma tinta que se realça contra um fundo disperso e opaco. Pois imagina tu, minha eterna anja, que tu na base do papel me esperas e eu, lá em cima num balão, sobrevoo as paisagens tristes da saudade que nos separa. Mas prontamente chego, pois poucas calendas nos faltam para aniquilar esta nostalgia, perpetrando a paixão presente numa gloriosa harmonia. E se não és crente desta verdade que assim se aproxima, olha então para a tinta da paixão sobre o papel da vida e repara nas suas falhas. Perceberás que tudo será mentira no dia em que as nossas mãos de novo se tocarem pois tu não és só minha paixão mas também minha vida...
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