#3 - A melhor prenda de aniversário, de sempre

Eu nunca fui de ligar a prendas, prefiro dá-las do que recebe-las, pois para mim é mais valorizador ver um sorriso estampado na cara de outra pessoa, do que ser eu própria a sorrir. Mas, no entanto há uma coisa que eu quando faço anos valorizo muito, que é o simples gesto de ouvir uns “parabéns”. No passado dia 26 de Agosto de 2010, eu completei os meus 16 anos e estava desejosa por ouvir muitas e muitas vezes, a palavra “parabéns”, mas não o foi assim, muitas das pessoas que eu julgava serem meus verdadeiros amigos não me deram os parabéns e não, não foi por um mero esquecimento. Isto para algumas pessoas pode parecer banal, mas a mim tocou-me muito. Mas no entanto eu recebi felicitações de aniversário, de uma pessoa que eu não estava mesmo á espera, até porque pensei que ele não se ia lembrar. Mas o querido do Filipe lembrou-se mesmo de mim e quando eu vim ao computador deparei-me com uma mensagem na minha caixa de correio electrónico que me deixou felicíssima.

“ Parabéns, querida Francisca!
Sei que nos conhecemos há muito pouco tempo mas julgo estar em posição de te poder avaliar como uma boa rapariga e de confiança. Por estes motivos entrego-te como prenda improvisada para este tão feliz dia, a minha primeira trilogia de livros "Quando o Amor Não Existe", que tanto querias ler, em anexo a este e-mail. Espero que gostes. Beijos, e que venham muitos mais dias 26 de Agosto. ”

Ao ler isto, uma felicidade profunda invadiu-me e fez-me brotar muitos e muitos sorrisos. Estava realmente feliz, e essa felicidade toda fez com que o meu frágil coração bombeasse fortemente de modo a espalhar por todo o meu corpo, aquele sentimento de plena alegria, satisfação e acima de tudo gratidão. Eu sentia-me grata por o Filipe depositar tanta confiança em mim e por deixar – me ao ler os seus livros, descobrir o mistério, que eu tanto ansiava descobrir. E este simples, mas forte gesto, fez-me ver que o que eu sentia pelo Filipe estava ultrapassando uma simples amizade, mas afinal o que é que realmente eu sentia?